Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 08 de outubro de 2024

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 08 de outubro de 2024 
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Por Antonio Glauber Santana Ferreira - Japaratuba-SE
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Era uma manhã quente e abafada em Nossa Senhora do Socorro, quando os ares da política decidiram dar um show ao vivo, com direito a plateia involuntária e até aplausos de desespero. No palco da Câmara de Vereadores, não faltou ação: tapas, palavras ásperas e acusações rodopiaram como dançarinos descompassados, enquanto a Polícia Militar fazia o papel de câmera, registrando cada movimento sem ensaios prévios. Era como um reality show improvisado, onde os figurantes esqueciam a ética em casa e se jogavam de cabeça no espetáculo do caos.

A cena poderia muito bem ter sido retirada de um desses filmes de comédia dramática, onde um vereador, esquecido de suas promessas, preferiu bater boca — ou, quem sabe, bater outra coisa — do que debater soluções. E, enquanto o suposto agredido sumia no enredo, o delegado já preparava seu monólogo investigativo, com o clássico "ouviremos as partes". Sim, caro leitor, um verdadeiro drama político, digno de manchete e memes, enquanto a cidade assistia de camarote, entre risos e indignações.

Mudando de canal — ou melhor, de manchete —, o ENEM dos Concursos lançou suas notas como quem joga confetes no Carnaval fora de época. Estudantes ansiosos, com os olhos grudados na tela, aguardavam um resultado que decidiria seus destinos. Mas, para muitos, a festa ainda está longe de acabar. Janeiro de 2025, dizem, será a apoteose, onde os sonhos de nomeações prometem ganhar as ruas. Até lá, ficam as lágrimas e sorrisos no frenético desfile das listas de aprovados.

Em Aracaju, enquanto os humanos se organizam, os peludos também têm sua vez. A repescagem da Campanha Antirrábica promete garantir que os latidos e miados estejam protegidos contra os perigos invisíveis. A baixa adesão soa como um desafio, uma espécie de "quem tem medo da vacina?", e a prefeitura corre atrás dos números, tentando transformar o fracasso em sucesso, um anticlímax típico do serviço público.

E por falar em corrida, o prefeito eleito de Nossa Senhora do Socorro já anuncia suas maratonas administrativas: asfalto, telemedicina e foco no Guajará. Uma usina de asfalto no município é a promessa dourada que brilha nos olhos dos eleitores — como aqueles clássicos prêmios de programas de auditório que, na hora da entrega, sempre têm uma pegadinha. Resta saber se o asfalto vai mesmo chegar, ou se será só mais um sonho encalhado nas estradas de lama.

E enquanto os socorrenses aguardam a chegada do asfalto, a X — a rede social do pássaro azul que virou incógnita — voltava ao Brasil por decreto de Moraes. Era a rede social saindo do exílio digital, comemorando seu retorno, enquanto os usuários tentavam recuperar suas senhas esquecidas. Parecia um revival de novela, onde a protagonista some no capítulo 200 e volta no 300, mais popular do que nunca, mas com novos mistérios para resolver.

No cenário global, as apostas correm soltas e o Senado resolve virar investigador, criando uma CPI para decifrar os enigmas das bets. Será que descobrirão os segredos por trás das apostas que esvaziam os bolsos e enchem a mesa dos sites de jogos? Ou será que o jogo, mais uma vez, mostrará que a casa sempre vence, enquanto a comissão engaveta suas promessas?

E, do outro lado do mundo, a Coreia do Norte fecha suas portas e ferrovias, como um anfitrião que cancela a festa por conta de um desentendimento com os vizinhos. Enquanto isso, no quintal da Venezuela, Maduro recebia um ultimato do Parlamento espanhol e, em resposta, ameaçava romper laços como quem corta uma linha já desgastada.

Na política dos grandes, Kamala sorria em meio às estatísticas, com 49% das intenções de voto, enquanto Trump rosnava com seus 46%. A diferença é pequena, mas suficiente para acender as faíscas da esperança democrata. Nessa dança de gigantes, o mundo assistia de longe, como quem torce para que o espetáculo termine em harmonia, mas sem saber ao certo se o final será feliz.

E no Brasil, em meio a tantos enredos, o Salão do Automóvel ressurge das cinzas, prometendo voltar em 2025, como um carro antigo restaurado e cheio de promessas. Entre reuniões e flashes, Lula e as montadoras discutiam o futuro sobre rodas, enquanto o país, no fundo, só queria saber se os preços dos combustíveis também receberiam um toque de mágica.

Ah, meu caro leitor, o dia 8 de outubro foi um mosaico de absurdos e esperanças, onde a política parecia novela mexicana e a vida, uma série de streaming, com direito a maratonas e episódios surpresa. Resta a nós, espectadores, segurar o controle remoto da paciência e torcer para que, em algum momento, as cenas mudem e a trama fique mais leve. Porque, no fundo, todo mundo só quer ver um final feliz, sem precisar mudar de canal.

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