Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 03 de dezembro de 2025
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 03 de dezembro de 2025
Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE
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O dia 03 de dezembro de 2025 acordou em Japaratuba com o brilho teimoso de quem anuncia futuro: o IFS, enfim, resolveu fincar sua pedra fundamental na terra do Cacique Morubixaba Japaratuba. A pedra — emocionada, coitada — parecia até suspirar, como quem diz: “Finalmente saí do papel! Achei que ia virar fóssil de promessa.”
E lá estava a cerimônia: autoridades alinhadas, canetas pousando em papéis como pássaros raros que só aparecem quando a foto oficial está garantida. As máquinas já roncam ao longe, sonhando em transformar barro em oportunidade, cimento em esperança, e tijolo em diploma. Japaratuba sorri — e não é todo dia que o município sorri desse jeito.
Enquanto isso, em Cristinápolis, onze ônibus resolveram brincar de esconde-esconde com a legislação fiscal. Infelizmente, escolheram o pior adversário: a Sefaz, essa tia rígida que conhece todas as crianças da sala e sabe exatamente quem colou na prova. Ao abrirem as notas fiscais, os auditores encontraram ICMS faltando — um sumiço tão descarado que até o próprio imposto deve ter ficado constrangido. Resultado: mais de R$ 288 mil devolvidos aos cofres públicos. Um verdadeiro milagre econômico, desses que nem São Longuinho explica.
No Rio de Janeiro, o enredo era outro — digno de novela policial escrita por um dramaturgo com gosto por caos. Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, virou personagem de operação da PF. Acusado de avisar TH Joias sobre uma prisão iminente, parecia mais um mensageiro do apocalipse legislativo. Alexandre de Moraes, sempre com seu martelo de trovão, afirmou existir “fortes indícios”. E quando Moraes usa a palavra forte, meu amigo, até muro de concreto treme.
Do outro lado da fronteira, a Argentina decidiu: os brasileiros fugitivos do 8 de Janeiro devem ser extraditados. O tango jurídico segue, dramático, arrastado, mas certo — passos firmes rumo à Justiça, mesmo que alguém ainda tente dançar ao contrário.
E lá na Coreia do Sul, num capítulo triste da era digital, quadrilhas resolveram transformar câmeras de segurança em janelas de perversão. Hackearam mais de 120 mil dispositivos para produzir vídeos sexuais. A polícia prendeu quatro suspeitos, enquanto o mundo inteiro tenta entender como alguém pode transformar tecnologia em sombra e vergonha. As senhas fracas, coitadas, apanharam de novo — são sempre elas, frágeis como papel molhado tentando segurar enchente.
Assim terminou o dia: com pedras fundamentais se tornando sementes, ônibus confessando pecados fiscais, políticos tropeçando na própria esperteza, fugitivos dançando tango jurídico e hackers mostrando que a humanidade ainda precisa, urgentemente, atualizar seu antivírus moral.
Dia cheio, Brasil cansado, Japaratuba esperançosa.
E eu, Antônio Glauber, sigo aqui:
escrevendo, sorrindo, criticando —
e acreditando que, apesar de tudo,
há sempre um nascer do sol pronto para recomeçar o país.