Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 25 de novembro de 2025

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 25 de novembro de 2025



Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE

O dia amanheceu com o Sol esfregando os olhos, como quem acorda assustado com o barulho de uma panela de pressão estourando lá no céu. Sergipe, esse pequeno reino de surpresas, despertou ao som de sirenes: a Polícia Civil deflagrou mais uma operação contra o tráfico e a lavagem de dinheiro — porque, neste Brasil que insiste em ser novela, tem capítulo que nunca termina. O crime, esse camaleão malandro, vive mudando de cor, mas a polícia também vai pintando o quadro com tintas fortes, tentando domar o enredo.

E enquanto Sergipe lutava contra seus monstros urbanos, Brasília realizava um espetáculo digno de tragédia grega com pitadas de comédia pastelão: Moraes decretou o cumprimento da pena de Bolsonaro por golpe. O ex-presidente, agora hóspede oficial da PF, estaria tentando “mexer” na tornozeleira — talvez acreditando que era uma espécie de anel mágico, tipo o “Um Anel” do Tolkien, capaz de torná-lo invisível ao STF. Deu errado, claro. A ironia é que, no fim, a democracia sempre encontra seu caminho, mesmo tropeçando em cada pedra que aparece.

Mas o prêmio de roteiro mais surreal do dia foi para a Tailândia. Lá, uma mulher de 65 anos “ressuscitou” minutos antes da cremação. Se isso não é metáfora, eu não sei mais o que é. A vida dando um tapa na morte e dizendo: “Calma, minha filha, ainda não terminei contigo.” Os monges ouviram batidas no caixão — quem diria que o pós-vida incluía pedir “só mais cinco minutinhos”? O susto deve ter sido tão grande que até o Buda levantou a sobrancelha.

E assim seguimos, nós, habitantes desse planeta que gira feito pião embriagado: entre prisões que parecem ficção, operações policiais que poderiam ser episódios de série, e pessoas que voltam do além como quem volta do mercado porque esqueceu o troco.

No fundo, o mundo é isso mesmo: uma colcha de retalhos costurada por mãos trêmulas, onde cada notícia é um ponto torto, uma ironia bordada, uma metáfora pulsando. E nós seguimos aqui, tentando entender o bordado — ou pelo menos rir dele, antes que ele nos engula.

Porque, convenhamos: viver é isso… ressuscitar todo dia, mesmo quando o mundo parece querer nos cremar antes da hora.

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