Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 20 de novembro de 2025

Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 20 de novembro de 2025



Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE


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Olá Caro leitor e leitora, ajeite o coração na rede da paciência e prepare a alma para um gole generoso de realidade com espuma de ironia, porque o dia 20 de novembro de 2025 veio marchando com tambores ancestrais, telefonemas presidenciais e até faíscas internacionais dançando no ar.

Em Sergipe, o Dia da Consciência Negra amanheceu poderoso, vestido com as cores da história que o Brasil ainda insiste em fingir que sabe de cor. Os sergipanos, esses teimosos iluminadores de memórias, realizaram eventos que pareciam acariciar a pele do tempo, lembrando que a luta pela igualdade é um samba resistente, desses que nem a chuva atrapalha. A ancestralidade caminhava nas ruas como uma senhora elegante, abanando o leque e dizendo:
— Me respeitem, que eu sou mais velha que todos vocês juntos.

Enquanto isso, do outro lado do relógio e do oceano, Donald Trump resolveu brincar de Papai Noel global e retirou tarifas de 40% de produtos brasileiros. Carne, café, açaí, cacau… parecia até a lista de compras de um gringo querendo se sentir amazônico no café da manhã. Tudo isso porque ele e Lula trocaram um telefonema “harmonioso” em outubro. Conversa essa que talvez tivesse sido algo como:
— Lula, libera aí um cafézinho.
— Só se tu liberar a tarifa, Trump.
E pronto: acordo costurado, tarifas evaporadas. A diplomacia às vezes funciona como uma fofoca bem contada: se mexer direitinho, amolece até a resistência mais carrancuda.

Mas nem tudo foi paz, dendê e diplomacia. Lá em Belém, na COP30, o Pavilhão dos Países resolveu virar churrasco temporário. Um incêndio relâmpago, daqueles que acendem e apagam mais rápido que promessa de político em época de eleição. Foram seis minutos de fogo e uma eternidade de sustos. Vinte e uma pessoas atendidas, 19 por inalar fumaça e 2 por crise de ansiedade — provavelmente depois de perceber que até as conferências sobre clima estão pegando fogo antes mesmo do planeta inteiro.

E para completar o roteiro cinematográfico, Paris — sempre Paris, a perua elegante da Europa — decidiu entrar na dança com um apagão que deixou trens, metrô e 170 mil residências no escuro. Imagino a Torre Eiffel suspirando irritada, dizendo:
— Apaguem a luz, mas não me apaguem da história!
E lá ficou ela, soberana, brilhando sozinha enquanto o restante da cidade lembrava como é viver sem energia: tateando no escuro e reclamando com classe.

No fim das contas, meu caro leitor, o dia 20 de novembro foi um desfile de emoções: da resistência negra ecoando em cada esquina, passando por telefonemas capazes de mexer na economia mundial, até incêndios e apagões internacionais mostrando que o planeta vive um eterno desequilíbrio emocional.

Que venham mais dias assim — não tão caóticos, mas suficientemente vivos para nos lembrar que estamos aqui, firmes, respirando a poesia torta do mundo.

Porque viver, afinal, é isso: dançar entre as chamas, negociar até com o impossível e seguir iluminando, mesmo quando Paris apaga.

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