Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 02 de novembro de 2025
Crônica do Professor Antonio Glauber sobre as notícias do dia 02 de novembro de 2025
Por Antonio Glauber Santana Ferreira — Japaratuba-SE
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O dia de Finados amanheceu com cheiro de vela acesa e som de saudade em ré menor. O vento sussurrava entre as cruzes dos cemitérios de Aracaju, carregando bilhetes invisíveis que os vivos escrevem aos mortos e que o tempo, impiedoso carteiro, nunca entrega. As flores tentavam disfarçar o luto com perfume de eternidade, enquanto as lágrimas regavam memórias como quem planta lembranças em solo sagrado. Cada campa era uma janela aberta para o passado, e cada missa, um eco de amor que o tempo não conseguiu sepultar.
A Arquidiocese, vestida de branco e esperança, fez do altar um abraço coletivo — porque há dores que só se aliviam quando se transformam em oração. O céu parecia ouvir cada “amém” como quem entende o idioma da saudade. E entre as preces e os passos lentos sobre o mármore, havia uma certeza: quem partiu continua morando nos corredores do coração, sem pagar aluguel de tempo.
Enquanto o Brasil acendia velas nos túmulos, o governo brasileiro Brasil quer resolver tarifaço no curto prazo, mas segue sem pistas sobre o que Trump pedirá. A Expectativa do governo é que reunião com americanos aconteça nos próximos 15 dias.
Do outro lado do Atlântico, a Inglaterra acordou com o grito metálico de uma faca no trem. Huntingdon virou manchete, Cambridge tremeu, e o mundo se assustou de novo com a natureza humana — essa criatura de instintos e desvarios. Dois homens foram presos, e a polícia, apressada em tranquilizar o medo coletivo, garantiu: “não foi terrorismo”. Mas quem garante que o verdadeiro terror não é o que mora dentro de cada um de nós? A violência já não precisa de causa política — basta o espelho.
O trem seguiu seu percurso manchado de susto, enquanto passageiros olhavam uns para os outros como quem procura humanidade nos olhos alheios. E talvez seja isso o mais triste: o mundo anda com medo de si mesmo.
No fim do dia, entre rezas e manchetes, entre o silêncio dos cemitérios e o ruído dos noticiários, o Brasil se deitou cansado. A esperança acendeu uma vela, o humor passou com seu sorriso debochado, e a ironia sussurrou.